quarta-feira, 21 de março de 2012

Alunas de Indaiatuba do CEUNSP embarcam para estágio de Gastronomia na França

      Início de ano e mais um grupo de alunos do curso de Gastronomia do CEUNSP prepara as malas para completar seus estudos no berço da culinária  mundial: a França. Essa migração acontece desde 2008 e neste ano serão 14 alunos, sendo que os três primeiros embarcam já no próximo domingo, dia 25.
Entre os estudantes, duas são de Indaiatuba: Adalania Pedroso de Barros Di Croce, 53 anos, e Solange Alves, 34. Ada, como é mais conhecida, sempre pensou no que iria fazer depois que se aposentasse e já tivesse criado suas filhas. “Sempre me vinha à cabeça aprender a cozinhar e falar francês. No dia da minha inscrição na faculdade soube do convênio com a França e pensei: o Universo conspira a nosso favor”, conta ela, que acredita estar pronta para enfrentar as diversidades de uma outra cultura. “Os conhecimentos dos métodos de preparos e habilidades básicas aos quais tivemos acessos nas aulas ministradas por professores excelentes são nosso diferencial”.
Já Solange, que trabalha no ramo de acessórios para carros, arriscou a estabilidade profissional para agarrar aquilo que mais desejava. “Era decidir entre o comodismo e o apaixonante, o sonho. Eu agarrei a oportunidade de fazer um curso de Gastronomia com muita vontade de fazer isso acontecer em minha vida, e foi essa vontade que me fez ir além. Aproveitei o máximo que a faculdade me ofereceu e por isso me sinto segura, totalmente preparada paraassumir essa escolha. Saio com garra total em busca de um sonho e espero trazer na bagagem de volta ao Brasil o máximo possível da riqueza gastronômica da França”, diz.
O grupo que vai à França é bastante heterogêneo, reunindo alunos entre 19 e 53 anos de idade que moram em 12 cidades diferentes, sendo dois deles residentes em outros estados. Apesar dessas diferenças, uma coisa os une: a paixão pela gastronomia.
“No começo, tudo parecia uma grande empolgação, um curso novo, onde várias pessoas comentavam, mas conforme o tempo vai passando a gastronomia toma conta, parece uma grande mágica onde tudo só depende de você”, resume o aluno Emilio Carlos Medeiro de Andrade Junior, 25 anos, de Sorocaba, que por um bom tempo trabalhou na área comercial de uma multinacional. “Hoje não me vejo fazendo outra coisa a não ser cozinhando e criando. A faculdade abriu essa janela pra mim. Hoje moro em Sorocaba, mas, depois disso, o Brasil todo, com tantos projetos novos, será uma grande porta para, aí sim, poder fazer tudo valer a pena”.
O estágio tem duração que varia entre 6 e 9 meses e os alunos, que além das aulas regulares também estudaram o idioma francês, vão refinar as técnicas aprendidas no curso nos restaurantes da rede Relais & Châteaux, uma cadeia de hotéis de luxo administrados individualmente e presente em 60 países. O grupo é conhecido por seus padrões de admissão extremamente rigorosos.
Para Celso Lex Engel, da empresa La Provence, responsável pela intermediação dos estágios, a cada ano o desempenho dos alunos melhora. “As dificuldades em uma cozinha de nível na França são muito grandes, mas cada vez mais os alunos mostram uma visão muito objetiva e profissional de sua futura carreira. Aqueles que são selecionados para os estágios estão muito bem preparados para encarar os desafios, que são muitos”, aponta.
Engel cita dois exemplos pontuais de grande sucesso, do ex-eletricista Lucas Leonardi Varin, de Itu, que foi contratado pelo hotel onde estagiou e vem desenvolvendo uma carreira na Europa – no início do ano ele faria, ao lado de sua esposa francesa, um tour pela Ásia para conhecer a gastronomia em países como Tailândia e Camboja – e da ex-aluna Samantha Nicoli, de Indaiatuba, que recebeu a nota máxima em todos os quesitos avaliados no estágio na opinião de Robn Oodut, diretor geral do Chateau Eza, localizado nas proximidades de Nice, na Riviera francesa.
“Mas também tivemos outros destaques, como o Fabiano, a Kézia, Marlene Queiroz, Kelma Douetts, Fabiana Lima, que foram em 2010, e oCarlos, o Rafael, Angela, Rodrigo, Flaviane, que foram em 2011. Uma coisa muito importante que tenho que salientar e agradecer é que quando acontecem dificuldades de adaptação dos alunos por lá, a coordenação me ajuda bastante em meu trabalho de motivação do aluno e da família dele. E isso dá muito resultado”, aponta.

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