O Sol não é de fogo. As explosões ocorridas no último mês não são um prenúncio de que o mundo acabará em 2012. Estas e outras errôneas crenças serão desmistificadas pelo astrônomo Julio Lobo, que utilizará o observatório do Colégio Sagrado Coração de Jesus, de Campinas, para explicar para as crianças tudo sobre o astro em volta do qual o planeta Terra gira. Ele aproveitará a oportunidade para mostrar que o grupo atual de manchase suas protuberâncias que vistas por aparelhos especializados mais parecem fumaças saindo de uma chaminé. Os aparelhos utilizados são o telescópio Luz Integral e o H- alfa.
Caso haja condições climáticas, as manchas do Sol poderão ser observadas nas palestras que o astrônomo dará para os alunos do ensino básico e fundamental. O Colégio Coração de Jesus é o único na região de Campinas e um dos 15 no Brasil a contar com um observatório próprio.
As manchas foram causadas pela última grande explosão solar, ocorrida em 18 de fevereiro. Essas explosões interferiram diretamente na Terra, afetando os sistemas de telecomunicações e redes elétricas. Embora o atual grupo de manchas só possa ser visto até ao dia 16 de março, Julio Lobo alerta para a possibilidade de novas manchas surgirem a qualquer tempo.
Depois de um período de 780 dias sem manchas solares, o sol "acordou" no último dia 18 de fevereiro. O impacto das partículas pesadas lançadas pela explosão solar, que levaram três dias para chegar a Terra, costuma deixar as autoridades militares e civis em alerta. Na história, esse tipo de fenômeno já causou estragos em redes elétricas, como a de Québec (1989), no Canadá, e de Illinois (1972), nos Estados Unidos. A radiação é tão forte que, quando há previsão de explosões solares, os satélites que monitoram o Sol têm os seus painéis recolhidos e ficam e stand by, sem qualquer comunicação com a Terra.
Julio Lobo, responsável pelo Observatório Astronômico Padre Jorge Polman, no Colégio Sagrado Coração de Jesus, Julio Lobo é técnico em Astronomia da Prefeitura Municipal de Campinas e atua no OMCJN - Observatório Municipal de Campinas - desde a sua fundação, em 1977. Desde então, já atendeu mais de 700 mil pessoas no próprio OMCJN e em outras localidades. Como divulgador e educador de Astronomia soma mais de 5.200 apresentações (palestras, eventos e observação do céu) destinadas a escolas e ao público em geral.
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